domingo, 31 de outubro de 2010

Symphaty For Devil


Jean-Luc Godard, um dos mais cultuados cineastas franceses, já havia realizado alguns dos melhores filmes da Nouvelle Vague quando, em 1968, dirigiu o lendário documentário One + One. Não contente com a sua edição, o produtor Iain Quarrier, à revelia do diretor, apresentou a sua versão, que chamou de Sympathy for the Devil. O filme acompanha as sessões de estúdio da banda inglesa Rolling Stones. O grupo encontrava-se no auge da carreira, compondo músicas cada vez mais criativas e com uma postura política típica dos anos dourados da contracultura mundial.
Cineasta: Jean-Luc Godard
Gênero: Documentário/Musical
Origem: Reino Unido
Áudio: Inglês
Legenda: PT-Br
Duração: min
Cor: Colorido
Formato: RMVB
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Feliz dia das bruxas!


E queres saber mais?

As pessoas até criaram um santo que não tem dia: é o Dia de São Nunca. O dia em que as coisas nunca acontecem!





No início do século VII, o Papa Bonifácio IV designou o dia 1 de Novembro como "O Dia de Todos os Santos".
No século X, a Igreja dedicou o dia 2 de Novembro às almas, em memória de todos os falecidos.


Sabes de onde vem a palavra Halloween? É que Dia de Todos os Santos diz-se em inglês All Hallows Day.
E, como vais descobrir, a noite anterior a este dia é muito importante, por isso Halloween é uma abreviatura de All Hallows Even - "Noite de Todos os Santos"!


Halloween, Dia de Todos os Santos e Dia de Finados (dos Mortos) passaram a fundir-se numa mesma tradição.

Tudo isto se relaciona: os santos, a vida, a morte, a festa...
Lê os outros artigos para perceberes melhor!
ORIGEM DA PALAVRA HALOWEEN

A palavra Halloween tem origem na religião católica. É uma contração da expressão "Ali Halliows Eve", no inglês atual, "All Hallows Eve", que significa "Véspera do Dia de Todos os Santos".

O Halloween, conhecido no Brasil como Dia das Bruxas, é comemorado na noite de 31 de outubro. No aspecto religioso, essa ocasião é conhecida como a vigília da Festa de Todos os Santos, dia 1º de novembro. Estudiosos de folclore acreditam que os costumes populares do Halloween exibem traços do Festival da Colheita, realizado pelos romanos em honra à Pamona (deusa das frutas), e também do Festival Druída de Samhain (Senhor da Morte e Príncipe das Trevas).



De acordo com a crença, Samhain reunia as almas dos que tinham morrido durante o ano para levá-los ao céu dos druídas, nesse exato dia. Para os druídas, Samhain era o fim do verão e o Festival dos Mortos. O dia 31 de outubro marca também o término do ano céltico.


Período Pré-Cristão



Acreditava-se que os espíritos dos mortos voltavam para visitar seus parentes à procura de calor e provisões, pois o inverno aproximava-se e, junto a ele, o reinado do Príncipe das Trevas. Os Druídas invocavam forças sobrenaturais para acalmar os espíritos maus.



Estes raptavam crianças, destruíam plantações e matavam os animais das fazendas. Acendiam-se fogueiras nos topos das colinas nas noites de Samhain. As fogueiras talvez fossem acesas para guiar os espíritos às casas dos seus parentes ou para matarem ou espantarem as bruxas. A inclusão de feiticeiras, fadas e duendes nesses rituais originou-se da crença pagã de que, na véspera do Dia de Todos os Santos, havia uma grande quantidade de espíritos de mortos que levavam avante uma oposição aos ritos da igreja de Roma, e que vinham ridicularizar a celebração de Todos os Santos, com festas e folias próprias deles mesmos. Supunha-se que fantasmas " frustrados" pregavam peças nos humanos e causavam acontecimentos sobrenaturais.

Período Cristão

Com o passar dos tempos, a comemoração do Halloween tornou-se alegre e divertida, sem todos aqueles vestígios sombrios e tenebrosos da tradição céltica, tornando-se mais conhecida na América após a emigração escocesa, em 1840. Alguns dos costumes trazidos pelos colonos foram mantidos, mas outros foram mudados, a fim de que houvesse adaptação às novas maneiras de viver.

Como exemplo, temos as Jack-O-Lanterns que, feitas com nabos primitivamente, passaram a ser feitas com abóboras. Essas Jack-O-Lanterns são um dos símbolos mais conhecidos do Halloween e têm sua origem entre os irlandeses.

Jack-O-Lantern

Conta a lenda que um homem chamado Jack não conseguiu entrar no céu porque era muito avarento, e foi expulso do inferno porque costumava pregar peças no diabo. Foi, então, condenado a vagar eternamente pela terra carregando uma lanterna para iluminar seu caminho.

"Trick or Treat" (Travessuras ou Gostosuras)

A fórmula Trick or Treat também se originou da Irlanda, onde as crianças iam de casa em casa pedindo provisões para as comemorações do Halloween, em nome da deusa irlandesa Muck Olla. As crianças inglesas continuaram esta tradição, vestidas com roupas extravagantes, pedindo doces e balas.

Hoje em dia, principalmente nos EUA, o Halloween é lembrado com muitas festas e alegria. Nessas festas, as pessoas usam máscaras e se vestem como fantasmas, bruxas, Conde Drácula, Frankstein, ou da maneira que achar mais engraçado ou horripilante. As crianças saem às ruas fantasiadas, batendo de porta em porta, pedindo doces e dizendo: "Trick or Treat". Quem não as atende pode ter uma desagradável surpresa, pois elas podem lhe pregar alguma peça. Sabias que Halloween vem de Dia de Todos os Santos?
Este diz-se em inglês All Hallows Day. Como sabes, a noite anterior a este dia é muito importante, por isso Halloween é uma abreviatura de All Hallows Even - "Noite de Todos os Santos"!



Como já dissemos, acreditava-se que na Noite das Bruxas os fantasmas voltavam à Terra em busca de alimento e companhia para levarem para o outro mundo.

Assim, as pessoas pensavam que encontravam almas penadas se saíssem de casa nessa noite.



Por isso, para não serem reconhecidas pelos fantasmas, usavam máscaras quando saíam de casa, para serem confundidas com espíritos que andavam à solta a tentarem apanhar almas vivas.



E para manter os espíritos longe de casa, as pessoas colocavam tigelas de comida à porta para os satisfazer e os impedir de entrar.

Também para se proteger, carregam lanternas, porque a luz e os fantasmas não se dão muito bem...
Uns são da noite e das trevas (escuridão e morte) e a luz significa a vida.
Há dois mil anos os celtas habitavam a Inglaterra, Irlanda, França e Península Ibérica. Costumavam comemorar o Dia de Ano Novo a 1 de Novembro.


Para eles era o fim do Verão, das colheitas e o início dos Invernos escuros, com tempestades e muito frio. Era nesta altura do ano que a população celta sofria mais mortes, por causa do tempo.

Por isso, os druidas (os seus sacerdotes) acreditavam que a noite de 31 de Outubro era uma espécie de abertura da passagem entre a vida e a morte.




Assim, pensavam que nessa noite os fantasmas do mundo da morte andavam à solta na Terra em busca de alimento e por isso faziam fogueiras no alto das colinas para os afastar.


Essa noite era chamada de "Samhain", o "Dia das Almas".

Além de causarem problemas e prejudicarem as colheitas, os celtas acreditavam que a presença dos espíritos auxiliavam as adivinhações dos druidas.

Alguns séculos mais tarde, a influência do Cristianismo espalhou-se pelas terras celtas e no início do século VII, o Papa Bonifácio IV designou o dia 1 de Novembro como "O Dia de Todos os Santos".





No século X, a Igreja dedicou o dia 2 de Novembro às almas, em memória de todos os falecidos.

Halloween, Dia de Todos os Santos e Dia dos Mortos fundiram-se numa mesma tradição.
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Imagens do dia


sábado, 30 de outubro de 2010

Rock brasileiro, de antropofágico a tipo exportação

O rock no Brasil reproduziu na maior parte da sua história os movimentos e as tendências do rock britânico e do norte-americano. Isso não é de se estranhar em se tratando de um gênero artístico que se tornou universal. Amparado no gosto e nas aspirações da juventude e numa poderosa indústria cultural – ou vice-versa –, o rock virou um fenômeno que partiu do sul dos Estados Unidos para alcançar e se estabelecer nos países ricos, medianos e pobres, ocidentais e orientais. Seu passado subversivo e sua fórmula artística simples e acessível colaboraram para isso. Mas em alguns raros e curtos momentos, como no movimento tropicalista e nomanguebeat, o rock brasileiro conseguiu mostrar originalidade e oferecer, mesmo sem ser aproveitada, alguma contribuição para o mundo.
A história do rock no Brasil começa na década de 50, um pouco depois da eclosão do gênero nos Estados Unidos. Os lançamentos dos filmes “Sementes da Violência” (Blackboard Jungle, dirigido por Richard Brooks, 1955) e “No Balanço das Horas”
(Rock Around the Clock,
dirigido por Fred F. Sears, 1956) nos cinemas brasileiros tornou popular o novo gênero da canção entre a juventude. As gravadoras viram nesse interesse dos jovens uma oportunidade para lançar o rock brasileiro. Mas fizeram isso a partir de versões em português dos sucessos norte-americanos, cantadas por artistas estranhos ao gênero, como Nora Ney e Agostinho dos Santos. Assim como nos Estados Unidos, o rádio foi fundamental para a popularização do rock no Brasil. No final dos anos 50, programas de rádio comandados por DJs, como Clube do Rock, com Carlos Imperial na Rádio Tupi, faziam sucesso e ajudavam na formação dos primeiros roqueiros no país.


A fase de versões de sucessos norte-americanos prosseguiu no começo dos anos 60, mas pelo menos com ídolos que se identificavam com a juventude, como os irmãos
Celly e Tony Campello. O interesse da televisão pelo sucesso do rock ajudou a impulsionar ainda mais sua popularidade, que atingiu seu primeiro auge em 1965 com o lançamento do Jovem Guarda, programa dominical da TV Record. O programa projetou nacionalmente Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos, Renato e seus Blue Caps, Ronnie Cord e The Fevers, entre outros. A rebeldia e o imaginário urbano eram os elementos essenciais do rock no Brasil. Na Jovem Guarda, esses elementos também estavam presentes, mas carregados de ingenuidade, e os temas das canções giravam em torno da figura do “playboy”. No final da década de 60,




a guinada que o rock anglo-americano deu com o psicodelismo alcança as terras brasileiras e influencia o movimento tropicalista, que propunha uma ruptura com a tradição da música popular brasileira e tinha pretensões de internacionalizá-la. Uma das novidades da estética
tropicalista era justamente a de incluir os instrumentos eletrificados e as sonoridades do rock e misturá-las com os ritmos tipicamente brasileiros. Pretendiam os tropicalistas realizarem na canção a proposta do Manifesto Antropofágico, feita pelo movimento modernista cerca de quatro décadas antes.
Isto é, incorporar o que de mais moderno está acontecendo na arte no exterior e a partir daí produzir
uma arte brasileira, original, moderna e internacional. No tropicalismo, quem melhor realizou isso em relação ao rock foram Os Mutantes, que misturaram ao rock psicodélico da época elementos do samba, da umbanda e da música caipira, entre outros. Pela qualidade e inventividade de suas canções, Os Mutantes tornaram-se um grupo de rock nacional com espaço na imprensa especializada internacional e uma referência de um rock brasileiro e alternativo.

No caminho aberto pelos Mutantes, vieram Os Novos Baianos e Alceu Valença com uma mistura de rock e ritmos brasileiros, como o samba e o forró. Outras incursões originais do rock nacional na primeira metade da década de 70 foram os
Secos&Molhados, que misturavam o glam rock a elementos folclóricos brasileiros, e o grupo Joelho de Porco, com seu rock experimental e pré-punk. Os demais grupos e artistas no cenário roqueiro nacional reproduziram os estilos e temas do que se estava fazendo lá fora. Entre o final dos anos 60 e o dos 70, o psicodélico, o progressivo, o hard rock e o rhythm’n’blues britânico davam o tom do rock brasileiro, com destaque para grupos como Made in Brazil, O Terço, Patrulha do Espaço,
Casa das Máquinas e o Tutti Frutti, entre outros. Nessa época, Rita Lee, ex-vocalista de Os Mutantes, e Raul Seixas eram os grandes nomes do rock nacional. Raul Seixas conseguia fazer uma aproximação do rock’n’roll clássico com alguns elementos brasileiros. Mas

o rock da segunda metade dos anos 70 no Brasil era pouco criativo e não foi páreo para a invasão da música disco (discotéque), que dançante, sensual e bem humorada varreu o rock da mídia e das paradas de sucesso.
A reação viria na década de 80. Totalmente inspirado pelos movimentos do rock internacional do final
dos anos 70 e começo dos 80, como o punk-rock, o pós-punk britânico, a new wave e o rock gótico, entre outros, surge na década de 80 um rock mais próximo do pop, construído por novos nomes vindos principalmente de São Paulo, Rio, Brasília, Salvador e Porto Alegre, e embalado pelo processo de redemocratização que o Brasil vivia, após quase duas décadas de ditadura militar.
O país passa também a receber nos anos 80 mais shows dos grandes nomes do rock internacional. O ponto alto dessa nova realidade foi a realização em 1985 do Rock in Rio, que reuniu artistas de peso vindos do exterior com a nova safra do rock brasileiro oitentista. Sucesso estético e comercial, o poprock brasileiro dos anos 80 deixou uma herança invejável de canções, shows e artistas, como Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Titãs, Ira!, Lobão, Cazuza e Barão Vermelho, entre tantos outros.

Mas, da mesma forma que a disco music atropelou um rock esgotado no final dos anos 70, o pop-rock brasileiro já sem muita inventividade ao final dos anos 80 foi suplantado pela onda do pop sertanejo e da axé music que varreu o país na virada para os anos 90.


A recuperação do rock nacional na década de 90 vem do sucesso internacional do grupo de thrash metal Sepultura, da mistura de punk-rock com ritmos nacionais de os Raimundos e da originalidade do movimento manguebeat, que surge em Pernambuco e surpreende o cenário do pop-rock nacional. A fusão do maracatu com rock, música
eletrônica e hip-hop criou uma sonoridade totalmente original que, acompanhada de letras que retratam de forma crítica a realidade social e comportamental, tornou
o manguebeat ao lado do tropicalismo os únicos momentos de um rock brasileiro inventivo e com potencial para se internacionalizar. Mas a morte prematura de Chico Science, um dos expoentes do movimento, tirou bastante do fôlego do manguebeat para essa trajetória.
A partir da segunda metade dos anos 90, o rock brasileiro assistiu ao ressuscitar de bandas e sucessos do pop-rock brasileiro dos anos 80. Impulsionadas pela série Acústico, promovida pela MTV Brasil, uma série de grupos como Titãs, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor e Ira!, entre outros, fazem regravações de seus antigos hits e voltam a ocupar os meios de comunicação e as
paradas de sucesso. O que provava que nada de muito novo estava acontecendo no mainstream dorock nacional naquele momento.
O novo milênio para o rock brasileiro começou com o sucesso mais lá fora do que no país do Cansei de Ser Sexy, grupo ligado à cena indie rock. E é dessa cena indie, assim como nos Estados Unidos e no Reino Unido, que surgem as principais novidades do rock nacional nos anos 2000, numa confirmação de que, salvo o tropicalismo e o manguebeat, as mortes e ressurreições do rock brasileiro praticamente acompanharam os altos e baixos e as tendências internacionais do gênero.